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Estação Experimental de Estudos Ictiológicos - EEEI
A EEEI foi construída pouco após o início da operação da UHE GNB. Os primeiros alevinos produzidos na EEEI foram liberados em 1996. Desde o início, buscou-se criação e reprodução em cativeiro do surubim-do-Iguaçu (Steindachneridion melanodermatum), espécie rara e endêmica dessa bacia.
A atuação da Copel e seus parceiros possibilitaram o desenvolvimento da tecnologia de criação e reprodução em cativeiro desta importante espécie, configurando-se como estudo pioneiro e servindo de base para que diversos estudos científicos fossem desenvolvidos no local.
Visando maximizar a variedade genética dos alevinos de surubim-do-Iguaçu, todo o plantel de reprodutores recebeu chips de identificação. Isso permite controlar os cruzamentos, que, por sua vez, permite maximizar a variedade genética dos alevinos, algo importante numa piscicultura com fins de conservação ambiental.
Ações de Reprodução e Repovoamento
Com as ações de reprodução e repovoamento, a Copel visa mitigar os impactos causados à ictiofauna. As espécies utilizadas são aquelas reproduzidas na EEEI, em cativeiro, e a soltura controlada de indivíduos de espécies nativas auxilia as populações naturais destas espécies e contribui para a manutenção do estoque pesqueiro dos reservatórios. O repovoamento ainda atende às demandas de órgãos ambientais e governamentais em eventos promovidos em prol do meio ambiente.
A reprodução e o repovoamento envolvem as seguintes atividades:
• Captura e manutenção de reprodutores.
• Fertilização
• Alevinagem
• Soltura
Ações previstas para 2023
Para 2023 as atividades previstas para o repovoamento envolvem a reprodução de matrizes das espécies Surubim-do-Iguaçu – Steindachneridion melanodermatum e do Lambari – Astyanax bifasciatus e posterior soltura de alevinos. As atividades de reprodução ocorrem nos meses mais quentes do ano, sendo iniciadas em setembro, seguindo até fevereiro do ano subsequente. Após os alevinos atingirem o tamanho ideal para soltura, de acordo com cada lote de reprodução, as atividades de repovoamento podem ser realizadas a partir outubro até março do ano seguinte.
Para 2023, estão previstas a continuidade das atividades de atendimento a emergências ambientais e resgate de peixes em usinas e os preparativos para o ciclo reprodutivo de 2023, além da implementação do plano de ação para reprodução, repovoamento e inclusão de novas espécies ameaçadas no programa já executado na estação de piscicultura.
As espécies elencadas para este novo plano de ação fazem parte do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Fauna Aquática e Semiaquática da Bacia do Baixo Iguaçu, no qual a Copel é uma das colaboradoras. O PAN Baixo Iguaçu contempla 16 espécies aquáticas e semiaquáticas presentes na bacia do Baixo Iguaçu, sendo 12 espécies ameaçadas de extinção segundo a Portaria MMA nº 445/2014.


Resultados de 2022
A EEEI elencou quatro espécies de peixes raras que estão sendo buscadas na natureza para serem reproduzidas na estação de piscicultura com o objetivo de realização de reprodução multiplicação e soltura, contribuindo assim com a manutenção das espécies na natureza e sua preservação para as gerações futuras e equilíbrio do meio ambiente.
Resultados de Repovoamento
Espécie | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 |
Lambari | 75.000 | 30.000 | 38.000 | 8.000 |
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Surubim do Iguaçu | 6.220 | 2.301 | 2.445 | 12.919 |
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Resultados de Resgate e Soltura
Condição | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 |
Vivo | 6.545 | 2.162 | 11.883 | 23.054 | |
Morto | 39 | 0 | 157 | 536 | |
Total | 6.584 | 2.162 | 12.040 | 23.590 |



