Fauna Terrestre
Comprometida em evitar, minimizar e compensar os impactos negativos de suas atividades sobre a biodiversidade, a Copel desenvolve uma série de programas ambientais voltados à conservação da fauna terrestre.
As ações incluem estudos prévios à implantação de novos empreendimentos, e o desenvolvimento de programas de afugentamento e resgate e de monitoramento da fauna, que tem como objetivo identificar as espécies da região, estabelecer todas as medidas de controle necessárias, promover a salvaguarda da fauna e, sempre que necessário, realizar ações direcionadas à conservação de espécies ameaçadas de extinção.
Além disso, outros programas ambientais contribuem diretamente para a conservação da fauna terrestre, como os voltados à recuperação de áreas degradadas, a implantação e preservação de ambientes florestais, a inspeção e o monitoramento constantes nas áreas da Copel.

Resgate e Salvamento
A Copel realiza Programas de Resgate, Salvamento e Destinação da Fauna quando são propostos nos estudos ambientais ou constituem condicionante do órgão ambiental para instalação de empreendimentos.
Em atividades como o corte de vegetação e o enchimento de reservatórios, habitats da fauna podem ser afetados, por isso são desenvolvidos programas que tem por objetivo diminuir os impactos da instalação de empreendimentos à fauna silvestre.
Os programas são executados por uma equipe capacitada, que utiliza técnicas de manejo de fauna, com protocolos de segurança. Nessas situações, é preferível que o animal fuja das áreas afetadas por conta própria, sendo realizadas medidas de afugentamento para isso.
O animal é resgatado quando não tem condições de fugir sem auxílio. Após o resgate, os animais em boas condições de saúde são soltos em áreas seguras, caso necessário, ocorre o atendimento veterinário. Nos casos em que não há possibilidade de retorno à natureza, encaminha-se para instituições especializadas.
Além disso são realizadas palestras e reuniões com a equipe da implantação da obra, para explicar a importância da fauna e da execução do programa, orientando e conscientizando os colaboradores para que prezem pela preservação da fauna em suas rotinas de trabalho


Monitoramento nas áreas da Copel
O monitoramento da fauna é uma ferramenta fundamental para o aumento do conhecimento e estabelecimento de estratégias de conservação de espécies ameaçadas.
O objetivo, no âmbito da implantação e operação de empreendimentos da Copel, é identificar eventuais impactos ambientais decorrentes das atividades, especialmente nas áreas mais importantes para a conservação da biodiversidade.
As atividades de monitoramento da fauna consistem em exigência legal do licenciamento ambiental dos empreendimentos e geram informações essenciais e, muitas vezes, ainda não conhecidas sobre as espécies de fauna local, como é o caso dos programas de monitoramento da fauna da LT 500 kV Araraquara – Taubaté, da UHE Colíder e da UHE Mauá.
O Subprograma de Conservação e Monitoramento da Fauna foi iniciado em agosto de 2010 para monitorar quatro grupos de animais vertebrados terrestres (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) na área de influência direta e indireta da UHE Colíder, durante suas fases de construção e operação. Conta com campanhas trimestrais em três áreas de amostragem, iniciadas em 2011, e tem previsão de ser finalizado em 2023, totalizando 44 campanhas, sendo 24 delas realizadas na fase pré-enchimento e 20 na fase de operação da usina.
Já foram realizadas 34 campanhas e a riqueza obtida foi bastante expressiva, com um total de 849 espécies registradas, sendo 158 espécies da herpetofauna (anfíbios e répteis), 547 de aves e 144 espécies de mamíferos. O monitoramento registrou espécies pouco conhecidas pela ciência, algumas típicas da região amazônica, como os macacos-aranha (Ateles chamek e A. marginatus), os sauás ou zogue-zogue (Callicebus moloch) e espécies migradoras como a maçarico-grande-de-perna-amarela (Tringa melanoleuca) e, ainda, outras não esperadas para o bioma.
Iniciado em janeiro de 2010, o monitoramento da fauna da UHE Mauá, atual Usina Governador Jayme Canet Junior, teve por objetivo avaliar o impacto da supressão da vegetação e do enchimento do reservatório sobre a fauna da região, por meio do diagnóstico e acompanhamento das comunidades de aves, répteis, mamíferos e anfíbios. O estudo realizou amostragens que consideraram variáveis ambientais importantes na tentativa de identificar os efeitos diretos do impacto sobre a fauna.
As coletas de dados foram realizadas em três áreas independentes: duas dentro da área de influência direta da usina e uma mais distante, cerca de 15 km das demais. O projeto foi concluído em abril de 2015.
Adicionalmente a este projeto, foi executado na região um programa de monitoramento específico de algumas espécies consideradas de interesse conservacionista, realizado entre 2013 e 2014. Maiores detalhes sobre os resultados destes projetos podem ser encontrados nos relatórios citados abaixo.